De nada adianta regar plantas mortas.

Amaral Junior
1 min readJan 8, 2020

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Você não pensa muito quando traz outro ser para dentro e tem a inocência de se envolver. Simplesmente acontece. Uma grande estupidez. Um gato.

Basta um instante e o animal já está sentado na poltrona da sala como se morasse ali há tempos.

Ele parece gostar de atenção e me sinto obrigado a acaricia-lo quando passa rosnando entre minhas pernas.

Não dou nome ao gato, não sou de falar muito e não vejo necessidade de dirigir palavra alguma ao bicho. Não preciso chama-lo. Ele sempre vem.

Compro leite. O gato adora. Talvez ele tenha um tipo de vício nisso. Infelizmente a quantidade de leite que ele toma é proporcional a diarréia que ele defeca em seguida. Um desastre.

De manhã sou acordado pelo rosnar carente do animal. Isso quando não é pela sua língua áspera no meu rosto.

Bom ou ruim, eu que não tinha ninguém, agora tenho o gato. Mas, não vamos ser dramáticos.

As vezes me pergunto, de onde veio esse gato mesmo? O gato esquisito. Gosta de encarar como se eu lhe devesse algo. A gente se acostuma com a presença dele e chega ao ponto de pensar que ele sempre esteve ali.

Sem querer me alongar muito na história, decido dar nome ao bicho.
Sem pensar muito o chamo por algum nome clichê de gato, algo tipo “Max”.

É quando vejo a fresta da porta aberta. Como vocês devem imaginar, o gato desgraçado tinha ido embora.

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